domingo, 24 de fevereiro de 2013

LONDRINA EM 1952 ( FOTO )

 

Se já observou esta foto, prezado leitor, enviada à coluna pelo imobiliarista Abilio Medeiros, certamente verificou alguns dos três pontos interessantes da inauguração da Estaçao Rodoviária da rua Sergipe (construída em 1952 ), hoje o Museu de Artes de Londrina: 1 - Onde estão as mulheres nessa foto? Será que estavam em casa trabalhando, cuidando dos filhos? Olhem bem: dezenas de homens na foto. 2 - Percebam a elegância, ainda que simplória, entre os homens. A grande maioria de terno e gravata. 3 - E reparem bem que não há obesos! Talvez pela alimentação melhor ou porque andavam mais e dormiam cedo, sem essa parafernália atual da tecnologia moderna. COLUNA DO OSVALDO MILITÃO - FOLHA DE LONDRINA

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

RELATO DE JOSÉ CARLOS FARINA SOBRE A FAMÍLIA FARINA DE ROLÂNDIA - PR.

IMIGRANTES ITALIANOS
Meu bisavô Pietro Farina chegou no Brasil em 1896, em companhia de esposa Marina e do meu avô no colo com apenas 1 ano de idade... Trouxe apenas uma mala... por não ter dinheiro e estudo foi trabalhar como colono na Fazenda Piratininga (Jardinópolis-Sp) onde ficou até morrer. O povo de hoje não sabe mas a maioria dos colonos das fazendas de café da região de Ribeirão Preto foram tratados como semi-escravos. Pelo fato deles não saberem ler e escrever trabalhavam praticamente a troco da comida. Meu bisavô morreu em casa sem assistência médica acometido de "desenteria". Já meu Avô Giussepe Farina conseguiu juntar um pouco de dinheiro trabalhando na mesma fazenda vindo depois para Rolândia em 1940 onde comprou um sítio de 8 alqueires nas proximidades do antigo Campo de Aviação (próximo a represa do Ingazinho). O meu saudoso pai José Farina Filho trabalhou desde pequeno na roça de café e depois com apenas o primário incompleto veio para a cidade em 1953 onde começou a comercializar lenha que as pessoas precisavam para alimentar os seus fogões "econômicos". Depois de três anos começou a trabalhar como corretor de terras para a Companhia de Terras Norte do Paraná. Nesta profissão que acabou se profissionalizando e recebendo Carteira profissional permaneceu até a sua aposentadoria. As vezes algumas pessoas falam dos "Farinas" mas mal sabem que a história desta família não é diferente da história dos outros imigrantes que com muito trabalho ajudaram a tornar o Brasil uma nação próspera. Tenho orgulho de ser neto de pioneiros que deixaram em nosso solo muito suor e sangue. Da minha parte tive que trabalhar também desde os 12 anos de idade. Trabalhava de dia e estudava a noite até me formar advogado. Meus irmãos também trabalharam muito a vida toda. Deus abençoe a pátria brasileira... Deus abençoe Rolândia.. TERRA DE PIONEIROS. ( Na foto vemos José Carlos Farina ( autor de relato) ao lado de seu saudoso pai José Farina Filho.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

NORTE DO PARANÁ E O CAFÉ

Até a década de 70 o café comandava 80% da produção e renda do norte do Paraná. Ainda hoje é uma importante fonte de divisas. JOSÉ CARLOS FARINA

domingo, 17 de fevereiro de 2013

ROLÂNDIA - TIME DA FAZENDA BANDEIRANTES DE 1975


EM PÉ - ESQU./P/DIR,: SEVERINO, BATIÁ, JOÃO VIEIRA, LAÉRCIO ( in memoriam ), TIÃO BRAGA, AILTON.
AGACHADOS: TONHÃO, BRAZ, ZÉ BICO FINO, VALDEVINO, TIÃO PÉ DE CANA.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

NORTE DO PARANÁ - CIGARRO DE PALHA

Nas décadas de 30 a 70 era comum em todos os sítios do norte do Paraná você encontrar personagens parecidos a este, sentados após o almoço ou café preparando um "paieiro", ou seja um cigarro de palha. O fumo era cortado com um canivete, bem fininho. Um bom "fumador"  demorava pelo menos cinco minutos para preparar um destes. No final era comum "selar" a palha passando saliva com a lingua para enrolar. Meu pai, meus tios e meus avós tinham este costume. Meu saudoso pai gostava de fumar o "tietê". Era mais fininho e amarelo. Mais fraco. Ele comprava este fumo em Londrina perto da antiga rodoviária. Em todo sítio que ele passava já logo ia pedindo autorização para buscar palha fina no paiol. Lembro-me que quando passava férias no sítio do meu avô à noite quando estávamos deitados para dormir dava para ver o clarão da chama do cigarro quando o meu avô "tragava" o cigarro. É que a casa não tinha forro. Já fumei alguns também. Na minha ignorância da época, gostava um pouco. hehehehehe.  JOSÉ CARLOS FARINA



quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

NORTE DO PARANÁ - USO DE ESCOVÃO NO ASSOALHO

Nas décadas de 30 a 70,  90% das famílias do norte do Paraná usavam escovão para lustrar o assoalho de madeira.  Era passado no sentido vertical, folha por folha.  Usei este utensilio por centenas de vezes. Lá em casa cada semana cada um dos seis filhos tinha esta tarefa, além de muitas outras... JOSÉ CARLOS FARINA 

NORTE DO PARANÁ - LAVAR ROUPA NO RIO

No sertão, e nas primeiras décadas aqui do norte do Paraná era assim que a maioria das mulheres lavavam roupas.

BOIADEIROS / TROPEIROS DO SERTÃO DO BRASIL

Fazendo uso da capa de couro e do chapéu não paravam nem com chuva.... 

sábado, 9 de fevereiro de 2013

CENAS DE ROLÂNDIA ANTIGA - TORRAR CAFÉ EM CASA

Nos anos 30 e até os anos 70 era muito comum na maioria das casas do norte do Paraná torrar café em casa. Quase todas as famílias ou tinham propriedade agrícola ou tinham algum parente que  produzia café. Muitos tinham cafeeiros nos fundos do quintal. Cansei de ajudar a minha mãe e minha avó a "virar" o torrador. Lembro-me que tinha que "virar" sempre na mesma velocidade e não podia parar até que desse o "ponto". O "ponto" era verificado pela cor. Quando os grãos ficavam marrom escuro o torrador era aberto e jogado em cima de uma peneira grande. Não podia ter contato com superfícies sólidas. Tenho na minha memória o barulho do torrador e o cheiro gostoso do café  torrado. Dá até vontade de tomar um. Servido? TEXTO DE JOSÉ CARLOS FARINA.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

PIONEIROS Ferruche Grotti E Elisa Olivieri Grotti


Hoje minha mãe contou-me sobre como foi quando a família dela  veio de Birigui/ SP para Rolândia. Vieram o Sr Ferruche Grotti, a Sr Elisa Olivieri Grotti e seus filhos: Olanda Grotti, Laurentino Grotti ( Fiori) e Étero Grotti. A criança mais velha era a minha mãe ( Olanda) com 5 anos. Trouxeram apenas bagagens de mão ( roupas e alguns utensílios de cozinha), quase sem dinheiro, meu avô alugou uma casa velha de tábuas e foi morar com a família. Eles dormiam sobre os acolchoados e cozinhavam num fogão feito de pedras no quintal. Meu avô foi trabalhar em uma serraria. Ai em Rolândia tinha duas, uma era a FLORESTA e a outra não me lembro o nome. Minha mãe conta que meu avô discutiu com o gerente da serraria em que trabalhava e ela acredita que esse gerente era o pai do meu pai ( Leopoldo Vargas Vicente). Um dos funcionários disse ao meu avô ( Ferruche) que se ele tinha um sítio, não deveria ficar trabalhando ali, pois ali se trabalhava num dia para comer no outro, e que ele deveria formar o sítio que lhe pertencia. Meu avô então foi falar com o Sr Rodolfo Hannemam ( Acho que assim que se escreve o nome) , pedir se ele não tinha uma casa para ceder, uma vez que a fazenda do Sr Rodolfo era bem próxima do sítio. O fazendeiro disse não tinha uma casa mas que podia ceder um dos chiqueiros, pois não havia nenhuma porca para dar cria. Meu avô aceitou e foram morar no chiqueiro. As crianças ficaram totalmente cobertas por feridas causadas pelas mordidas das pulgas que tinha naquele local. Meu avô, abriu uma " picada" no mato até quase o meio de suas terras e abriu uma clareira onde fez um rancho com troncos de palmito e coberto com as folhas da palmeira. Minha mãe contou que chegou a ver índios que habitavas as terras próximas. Ela não sabe dizer quem tinha mais medo, se eles dos índios ou os índios deles, só diz que eles se escondiam dos índios e os índios fugiam deles, mas quando eles deixavam o rancho aberto e saiam para as áreas onde o meu avô estava trabalhando. os índios entravam e levavam os utensílios que ele gostavam como: Garfos, panelas, panos entre outros. Ela contou também que minha avò fazia uma fogueira bem no meio do rancho todas as noites, para que as " onças" não chegassem muito perto, mas que ele podiam ouvir os " miados " das onças. Disse também que minha avó fez para eles colchões de palha de milho, cedida pelos colonos da fazenda do Sr Rodolfo e sacos de ESTOPA. Ela enchia os sacos e costurava um no outro pela "boca". Quando ia chegando a noite, hora dele irem dormir, minha avó batia com um pau nos colchões para ver se não tinha cobras escondidas na palha. Isso é um pouquinho de uma longa história dos Pioneiros da nossa querida Rolândia  Relato enviado por Marlene Grotti.